
Agir

Bernardo Costa nasceu em Lisboa, filho do cantor Paulo de Carvalho e da atriz Helena Isabel. Começou a sua carreira musical aos 5 anos, cantando fado, compondo e produzindo as suas próprias músicas, que disponibilizava gratuitamente na internet.[1][2] Passou depois dois anos em tournée com o pai. "Desde muito novo fui obrigado a ouvir música, por causa do meu pai. Gosto muito de cantar e tocar e, aos 12 anos, comecei a gravar a minha própria música", afirmou Bernardo. Por esta altura já tinha adotado o nome artístico "Agir". "As pessoas costumam dizer-me para pensar duas vezes antes de agir, e eu prefiro agir duas vezes antes de pensar", explica o próprio, justificando a escolha do seu nome artístico. Ainda adolescente, começou a formar o seu reportório, largamente influenciado pelo dancehall, mas igualmente com traços de hip-hop, reggae, soul, e R&B. A sua música foi conquistando um número imenso de fãs através da sua divulgação nas redes sociais, com destaque para o Youtube (curiosamente, a grande maioria dos mais de 200 temas de Agir que constam no Youtube não foram lá colocados pelo cantor, mas sim por fãs). O primeiro grande sucesso de Agir, nomeadamente entre o público adolescente, foi o tema "Wella".
Com a fadista Milene Candeias, integrou o projeto TribUrbana, que participou no Festival RTP da Canção de 2007, com o tema "Dá-me a Lua". O tema terminou em 4º lugar, com 3046 votos.
Agir esteve envolvido num grupo musical virtual, os 3D (constituído pelas personagens Dani, Dudas e Didi), projeto dirigido a um público infantil e pré-adolescente. Um dos temas do grupo, "A Nossa Idade Vai Virar", retirado do álbum Vai na Tua Onda, faz parte da banda sonora de uma das temporadas da série Morangos com Açúcar. [3]
Agir compôs entretanto para nomes como Mariza, Rita Guerra, a sua irmã Mafalda Sacchetti e para o seu pai, para quem compôs a música "Meu Mundo Inteiro" (inicialmente gravada pelo próprio Agir com o nome "Balada"). A música foi editada em 2008 no álbum "Do Amor", de Paulo de Carvalho. Mais tarde, o pai de Agir voltou a gravar em dueto com Mariza.
A 29 de julho de 2010, a editora Vidisco lançou o seu disco de estreia, intitulado simplesmente Agir. Entretanto, foi o autor da banda sonora da peça de teatro "As Encalhadas", protagonizada pela sua mãe, por Maria João Abreu e Rita Salema e que estreou em outubro de 2010.
Apresenta-se ao vivo no Festival Sudoeste. Em 2013, apresenta o tema "Alma Gémea", a que se segue o EP Alma Gémea - The Soul Sessions Experience, no mesmo ano, e a mixtape - que, na verdade, é um EP - #AGIRISCOMING (ambos os corpos de trabalho foram disponibilizados sob a forma de download gratuito), em 2014. É com estes dois corpos de trabalho que Agir faz a sua transição para uma sonoridade MAIS soul, R&B e pop - deixando para trás o dancehall -, conseguindo verdadeiramente penetrar no cenário mainstream.
O segundo álbum, Leva-me a Sério, foi editado em 2015 e tornou-se um grande sucesso, atingindo o n.º 1 do top português de álbuns (de facto, o álbum estreou-se na vice-liderança do top e só alcançou o n.º 1 59 semanas depois de ter sido lançado[4]) ,[5]acabando por lhe ser atribuído o galardão de platina (15.000 exemplares vendidos). Inclui temas como "Are You Ready?", "Tempo É Dinheiro" e "Como Ela É Bela". [6]. Curiosamente, a 1ª edição de "Leva-me a Sério", lançada em março desse ano, não inclui aquele que é, provavelmente, o maior êxito de Agir: "Parte-me o Pescoço". O hit já está, porém, presente na 2ª edição do álbum, lançada em dezembro de 2015.
Agir fez a direção artística do espetáculo "Intemporal", comemorativo dos 54 anos de carreira de Paulo de Carvalho, que se realizou no Tivoli em 12 de abril de 2016.[7] Também em 2016, Agir realiza concertos no Coliseu do Porto e Coliseu dos Recreios, que contaram com convidados especiais, como Blaya, C4 Pedro e Filipe Gonçalves, entre outros. [8].
Em 2017, fez parte do painel de jurados do talent show Just Duet, da SIC, juntamente com o pai, Héber Marques e Gisela João.[9] Também nesse ano, participou vocalmente numa nova versão de "O Meu Mundo Inteiro", juntamente com o pai. A faixa foi incluída no álbum Duetos, de Paulo de Carvalho, lançado em 2017. O álbum foi idealizado na totalidade por Agir.
"Manto de Água", tema lançado no 1.º trimestre de 2017 e que conta com a colaboração de Ana Moura, é o tema de apresentação do terceiro disco de Agir,[10] No Fame. Seguiram-se os singles "Pensa em Nós" (2017), "Minha Flor" (2017) e "Até ao Fim" (2018), sendo este último uma colaboração com Diogo Piçarra.[11] Em abril de 2018, lançou dois singles com uma componente mais hip hop, "Falas Demais" e "Vai Madonna!!!". O álbum No Fame foi lançado a 4 de maio de 2018 e inclui os singles "Manto de Água", "Minha Flor", "Até ao Fim", "Falas Demais" e "Vai Madonna!!!".[12] No Fame acabou por alcançar pouco sucesso comercial comparativamente ao álbum anterior de Agir.
No outono de 2018, e no seguimento de uma atuação na rádio Mega Hits FM em que cantou o êxito "Coração Não Tem Idade (Vou Beijar)", do cantor português Toy, Agir acabou por lançar a cover como single.
Em 2021, Agir levou a cabo o projeto Eulália, que homenageia artistas portugueses icónicos, iniciando aquilo que pode ser considerada uma fase mais madura da sua carreira.[13]
Em 2022, lança o álbum Cantar Carneiros, que revela um profundo contraste relativamente aos seus álbuns anteriores, com uma sonoridade mais "acústica" e letras mais intimistas. O álbum inclui "Prescrever" (2021), uma canção inspirada pela deceção popular relativamente ao rumo da Operação Marquês.[14]
Em 2024, Agir regressa às sonoridades "urbanas" com o seu segundo EP, IMPERFEITO V2.[15]
Para além da usa vertente como vocalista e compositor, Agir é também um prolífico produtor, tendo tido, por exemplo, grande influência na carreira de Carolina Deslandes.
Fonte: Wikipédia